A Consultoria de Núcleos da Acic intermediou uma reunião nesta última semana de abril com objetivo de promover ações que venham somar junto ao Projeto de Indicação Geográfica (IG), que está em andamento, referente ao Alho Roxo do Planalto Catarinense. A intenção é envolver o Núcleo de Gastronomia na realização de atividades que proporcionem difusão ainda maior do produto que está próximo de ser considerado genuinamente nosso.

Participaram da reunião, Rose Martarelo representando o Núcleo de Gastronomia, o Secretário municipal da Agricultura de Frei Rogério e Coordenador da Câmara Setorial do Alho do estado de Santa Catarina Itamir Gasparini representando a Comissão do processo de IG, Carol Cruz representando o DEL e Isabel Cristina da Silveira e Rogerio Ern representando o Sebrae/SC.

O PROCESSO DE IG

O trâmite iniciou ainda no ano passado (2021) sob a coordenação do Sebra/SC em parceria com as prefeituras de Brunópolis, Curitibanos, Fraiburgo, Frei Rogério, Lebon Régis e Monte Carlo, Caçador, CÂMARA SETORIAL DO ALHO/SC, Epagri, UFSC, COPAR, COPERAF, ACAPA.

A Indicação Geográfica (IG) identifica a origem geográfica de um produto, que apresenta uma reputação ou qualidade única, atribuída aos recursos naturais como solo, vegetação, clima, e os recursos humanos – como a organização da cadeia produtiva, a cultura e o saber fazer. A Indicação Geográfica (IG) é mundialmente conhecida pelo “Vinho do Porto”, de Portugal e a “Champagne”, da região de Champagne, na França.

O selo de indicação geográfica é uma garantia para o consumidor, pois comprova que o produto é genuíno e possui qualidades particulares, ligadas à sua origem.

No segundo semestre do ano passado a comissão que trabalha no processo definiu o nome geográfico para dar andamento ao desenvolvimento da pesquisa para a conquista do selo.

O nome, “Alho Roxo do Planalto Catarinense”, foi definido em reunião com os sete municípios produtores pertencentes à área geográfica de produção do produto.

O registro de Indicação Geográfica é uma ferramenta coletiva de valorização de produtos tradicionais de determinada região, e tem como função principal agregar valor ao produto, valorizando suas características, a região e os seus produtores

Conforme o gerente regional do Sebrae/SC na Serra Catarinense, Altenir Agostini, no último ano, o Sebrae/SC trabalhou em 18 diagnósticos de produtos catarinenses para identificar quais deles têm potencial para conquistar o selo, e o alho roxo produzido na região foi um deles. “Queremos garantir o reconhecimento nacional e internacional ao alho catarinense, aumentando o valor agregado, fortalecendo a cadeia produtiva da região e valorizando os pequenos produtores. O Alho Roxo é fruto do trabalho de mais de 50 anos de cultivo e seleção por instituições e produtores rurais familiares da região, vamos trabalhar para garantir o reconhecimento para esse produto”, destacou Altenir no início do processo ainda em 2021.