A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC), que atualmente representa 45.318 empresas no estado, reforça sua preocupação e exige celeridade máxima na condução das negociações entre o Governo Federal e os Estados Unidos.
A FACISC entende que, diante da proximidade do prazo de validade das tarifas impostas aos produtos brasileiros, que entram em vigor em uma semana, o Governo Federal precisa atuar com máxima eficiência e agilidade. Enquanto outros países, como Japão, Indonésia e Filipinas, conseguiram estabelecer acordos recentes com a Casa Branca e reduzir suas tarifas, o Brasil permanece com dificuldades de estabelecer canais oficiais de diálogo. Isso coloca em risco a continuidade de um volume importante de exportações e de muitas empresas catarinenses.
Além disso, a Federação solicita maior transparência nas tratativas em andamento, de modo a diminuir a incerteza econômica que aflige o setor empresarial. A falta de clareza sobre as ações e canais de negociação, somada ao curto prazo restante até a implementação das tarifas, tem causado grande preocupação no setor produtivo.
Destacamos especialmente o impacto sobre o setor de produtos de madeira de Santa Catarina, que representa quase 40% das exportações do estado para os EUA em 2024, totalizando US$ 650,7 milhões. Além de ser um setor estratégico para a economia catarinense, com crescimento de 131% na última década, é responsável por uma parcela significativa das exportações, reforçando sua importância para a geração de emprego, renda e para a sustentabilidade da indústria local.
Diante desse cenário, a FACISC entende que o Governo Federal deve concentrar seus esforços em uma negociação direta, ágil e eficaz com o governo americano, buscando resolver esta questão o quanto antes, ao invés de alegar dificuldades na comunicação ou adotar medidas emergenciais que possam agravar ainda mais o cenário fiscal do país.
É essencial que o Brasil encontre uma solução concreta e rápida, garantindo a proteção aos produtos brasileiros.
Nosso compromisso é com o fortalecimento do setor produtivo, a preservação dos empregos e o desenvolvimento sustentável de Santa Catarina e de todo o Brasil.
Via FACISC |