21/11/2011
Especialista e presidente da Acic avaliam impacto do benefício para o comércio e para o bolso do trabalhador.
Por: Franciele Gasparini
O ano de 2011 está chegando ao fim e, com isso, os gastos extras com festas, presentes, férias e contas pendentes deixam muitos trabalhadores em dúvida sobre como aproveitar o 13º salário. Gastar ou poupar é um dos questionamentos que o trabalhador faz quando está com o benefício em mãos. Para auxiliar na decisão, o economista e professor universitário José Leonardo Veronezi dá dicas de como fracionar o dinheiro extra para aproveitá-lo da melhor forma.
Ele avalia que é um pouco difícil definir o certo ou errado a respeito da utilização do benefício. Segundo o professor, cada cidadão tem seus planos e prioridades financeiras. No entanto, independente do objetivo de cada um, o planejamento é essencial para que o 13º salário seja bem utilizado. Assim, quem contraiu dívidas de qualquer natureza deve priorizar o pagamento. “É interessante que o trabalhador tome alguns cuidados, pois, no início de ano, sempre temos algumas contas extras a serem pagas, como o IPVA, IPTU e matrícula da escola dos dependentes”, exemplifica.
O economista orienta, ainda, que a pessoa tenha certa reserva para fazer frente aos gastos extras e não sofrer com o orçamento sobrecarregado. “Ao fazer compras de Natal, por exemplo, o cuidado deve ser apenas para não perder o controle e entrar o ano novo cheio de dívidas”, destaca José Leonardo.
Além de quitar dívidas, muitas pessoas reservam uma parte do benefício do 13º salário para compras de Natal. Quem comemora essa iniciativa é o comércio local, que investe em promoções e produtos diversificados para atrair os clientes nessa época.
De acordo com o presidente da Associação Empresarial de Curitibanos (Acic) Newton Fabris, o 13º é uma forma de aumentar a circulação de dinheiro e valorizar a movimentação financeira, principalmente no período que antecede uma das datas mais importantes para o comércio e para outros setores, que também se beneficiam com a economia da época. “Esse benefício do trabalhador gera grande aumento para o comércio e, consequentemente, para a indústria, em redes maiores, para lojistas, em supermercados, empresas de prestação de serviços, transportadoras e restaurantes, que saem ganhando neste período”, elenca o presidente da Acic.
Newton Fabris destaca que as campanhas de fim de ano são mecanismos fortes e incentivam a injeção desse dinheiro extra no comércio local, além de movimentar a economia curitibanense. Um exemplo é a campanha da Acic em parceria com a Prefeitura “Comércio forte, cidade feliz”, que visa valorizar os lojistas de Curitibanos, fazendo com que o dinheiro injetado pelo 13° circule no município.
O presidente também comenta sobre um boato que virou notícia em todo país, quando foi divulgada, equivocadamente, a extinção do benefício para os trabalhadores. “Acredito que o 13º é um direito adquirido e já faz parte da remuneração do trabalhador, por isso, não deve ser tirado para desonerar empresas através da “desremuneração” de quem trabalha e, sim, através de redução tributária e de encargos sociais, além de reformas fiscais para simplificar o sistema, tornando-o mais eficiente”, avalia Newton Fabris.
Dicas para aproveitar melhor o dinheiro extra
O consumidor deve observar sua situação financeira e projetá-la, no mínimo, pelos próximos 12 meses, para ter certeza de que o que foi gasto não fará falta.
- Antes de ir às compras, é importante guardar parte do dinheiro para outros objetivos e metas, como cursos de especializações, aposentadoria e independência financeira.
- Listar as pessoas que irá presentear, o quanto pretende gastar com cada uma e o que este presente irá agregar para o presenteado. Isso pode diminuir os gastos.
- Antecipar as compras evita filas e o cliente pode encontrar preços melhores.
- Evitar parcelamentos, principalmente os longos, baixa os gastos com juros.
- Fonte: Jornal A Semana
http://www.adjorisc.com.br/jornais/asemana/curitibanos/melhor-destino-para-o-13-salario-em-2011-1.985542
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